Hipnoterapia
A Hipnoterapia traduz-se num método psicológico, não convencional, que está indicado para patologias psicossomáticas e do foro psicológico.
A hipnose é um processo que recorre à indução de um estado modificado de consciência, caracterizado por uma atenção extremamente concentrada e, eventualmente, por um profundo estado de relaxamento (transe), sendo uma ferramenta poderosa no tratamento de determinadas perturbações, fobias, alívio da dor, etc.
Este processo não envolve o sono, apesar da sua origem no nome do deus grego do sono – Hipnos.
Quando uma pessoa se encontra em transe hipnótico, o corpo pode estar num estado totalmente relaxado, mas a mente está alerta e extremamente focada. É, ainda, um estado perfeitamente natural.
A situação de transe hipnótico pode ser comparada a algumas situações do quotidiano, como quando alguém se sente completamente absorvido pela leitura de um livro ou pelo visionamento de um filme – estas poderão ser consideradas situações de transe leve.
A hipnose é um estado psicofisiológico induzido ou auto-induzido, caracterizado por uma atenção concentrada e sugestibilidade aumentada, características que se julga estarem associadas a um estado alterado de consciência.
À utilização deste estado para a apresentação de sugestões directas, visualizações, aprendizagens, recondicionamentos ou outras técnicas que contribuam para o bem-estar emocional e físico, começaram a ser associadas as expressões “hipnose clínica” e “hipnoterapia”.
Em muitos casos semelhante a técnicas de meditação, visualização ou imagética, a hipnoterapia é ainda caracterizada por uma interactividade com o sistema de crenças e convicções do indivíduo e por um conjunto de técnicas e dinâmicas adaptáveis à sintomatologia e objectivos dos pacientes.
Num ambiente e abordagem controlados e seguros, este recurso terapêutico poderá ser utilizado por técnicos com preparação específica que, conscientes das possibilidades e limitações da abordagem e do operador (terapeuta), poderão agir como facilitadores de processos profundos de mudança ou de controlo de problemas específicos.
MITOS
1º Mito da inconsciência
Estar hipnotizado não significa estar inconsciente. Na verdade, o transe hipnótico é caracterizado por uma dissociação consciente/inconsciente onde a consciência está presente, e é desejável que esteja, para participar no processo de cura.
2º Mito de confessar segredos
Mesmo em transe profundo a mente conserva o sentido de vigilância. Na Hipnose Ericksoniana, o indivíduo praticamente não fala. Pode sim, ocorrer a hipermnésia, ou seja, a lembrança vivida de um facto esquecido. Assim, a hipnose pode auxiliar o indivíduo a dizer o que ele necessita dizer, mas não pode forçá-lo a tal se o indivíduo não tiver vontade de fazê-lo.
O inconsciente é capaz de resolver silenciosamente os conflitos mais profundos.
3º Mito de não voltar do transe
Se, eventualmente, por estar numa experiência muito agradável ou num transe mais profundo, o indivíduo não aceitar a sugestão de voltar do transe, basta deixá-lo mais algum tempo e, naturalmente, o transe hipnótico transforma-se em sono fisiológico.
4º Mito do domínio do Hipnoterapeuta
Na Hipnose Ericksoniana o estado de transe é sempre uma auto-hipnose. O Hipnoterapeuta é um facilitador, um companheiro de viagem, apenas alguém que está ao lado enquanto o inconsciente do indivíduo trabalha.
5º Mito da dependência
Um bom Hipnoterapeuta tem sempre o cuidado de dar sugestões pós-hipnóticas de autonomia e liberdade.
6º Mito da Regressão/Progressão
A Hipnose não é só regressão. A regressão é uma das importantes ferramentas utilizadas na Hipnoterapia.
7º Quem pode usufruir da Hipnoterapia?
Teoricamente, todas as pessoas.
8º Há perigo na Hipnose?
A hipnose exige formação profissional e habilitações científicas próprias para lidar com a psicoterapia.
Indicações:
Depressão
Pânico / Quadros de Ansiedade
Dificuldades de Aprendizagem
Transtorno Obsessivo/Compulsivo
Stress Pós-Traumático
Distúrbios do Comportamento alimentar (Anorexia Nervosa, Bulimia)
Stress
Fobia Social e Específica
Timidez
Frigidez
Impotência
Controlo da Dor
Obesidade
Baixa Auto-Estima
Problemas de memória
Medo de Falar em Público
Distúrbios de Sono / Insónia
Melhoria no desempenho escolar
Assertividade – treino para a assertividade – Melhoria na prática desportiva
Síndrome do Cólon Irritável
Síndrome de Tourette
Gravidez e Parto. Na gravidez: É uma técnica muito útil para «trabalhar» medos, ansiedades e angústias comuns nesta fase da vida. A grávida é ajudada a entrar num estado de profunda descontracção e incentivada a lidar com o que mais a atemoriza. No parto, ajuda a controlar a dor, relaxando os músculos e evitando a tensão que provoca as sensações dolorosas.
Problemas dermatológicos – eczema, psoríase, dermatite atópica…
Hipertensão
Alívio dos sintomas de asma
Sonhos recorrentes, pesadelos, programação de sonhos, sonhos lúcidos…
enurese nocturna (perda de urina)
Disfunções psico-sexuais – impotência, ejaculação precoce, frigidez…
Gaguejar – ensino e prática de técnicas de relaxamento e controle específicas
Abuso de substâncias – álcool, drogas
Roncopatia – ressonar…
Bruxismo – cerrar, ranger os dentes….
Roer as unhas
Hiper-hidrose – sudorese exagerada generalizada ou localizada
Visualização criativa – sistema imunitário, metabolismo, funcionamento cardíaco…
Deficit de atenção/Hiperactividade
Gestão da raiva
Outras patologias, sintomas ou situações
relacionadas com o sistema nervoso ou estado psicológico